quarta-feira, 23 de março de 2011

Fome? Acho que vou mesmo à cozinha. O gato? Não aparece. Está vento. Nuvens a Norte, lua descoberta a Sul. É bom tempo para estar cá fora. Será que anda alguém? Alguém sim, não necessariamente a fazer o mesmo, aliás duvido seriamente disso.
Água quente saco de chá colherada de açúcar. São duas e cinco da manhã, o ponteiro dos segundos ouve-se bem. Devia fazer menos barulho.
Bolacha mergulhada em queijo. Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco. Seis. Um golo, queima. São duas e quinze, não sei. Se me puser a ver um filme é uma hora mais uma outra meia hora. Não sei. Merda do gato.
Vem sempre a mesma quantidade de queijo nas bolachas, se eu barrasse ia poupar mais ou é igual? Será da superfície? É áspera deve ter fendas e aberturas pequenas. É por isso que se agarra sempre o mesmo. Uma bolacha.
O chá é amarelo. A cor não existe. Será que existe? Não acho que exista, não é matéria. Mas tem a ver com a absorção de luz. Está a ficar frio. Tenho de acabá-lo.
Bicho! Bicho! Nada. Fica aqui leite, bebes se quiseres, se não quiseres vai cagar. Esta porta faz uma barulheira.
Devia acordar cedo.

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