domingo, 12 de dezembro de 2010

Nem tudo passa por conseguir o que queremos. Eu quero muito, demais até, ninguém me diz que vou conseguir. Não é indefinição, ou indecisão. É a ausência de certezas absolutas. Confirma-se.
Há pelo menos uma certeza, no meio deste vazio de concretização, a certeza de querer. E parecendo que não, é o suficiente para se esquecerem as outras incertezas e avançar cegamente num escuro que ou te leva a uma porta ou te leva a uma parede. Não saber, é que te motiva e desmotiva. Às vezes dou por mim a pensar qual das duas sinto, e gosto de acreditar que estou motivado. Mas caio em mim e vejo que ninguém me deu razões para haver motivação. Provavelmente estou a imaginar coisas ou esqueci-me dos óculos. Provavelmente já nem sei lidar com qualquer uma das duas saídas. Já sinto o chão húmido do fundo, vim descalço. Porque não tinha certezas.
Ainda assim fazes-me bem, mesmo sem certezas.

3 comentários:

Andreia Mandim disse...

Eu tento dar-te motivação para escreveres...acho que já é um principio...podes riscar o ninguém x)

Hugo Tavares disse...

E eu já te agradeci várias vezes :) não era apenas a essa motivação que me referia, mas realmente percebo a tua interpretação, e agora que penso até faz muito sentido.

Diana disse...

Há duas noites alguém me disse: "não podemos ter medo para sempre" e realmente, ao ler isto eu encaixo-me tão bem no que descreves... Acho que andamos todos aos tropeções, mas há-de eventualmente sair algo de bom do meio de tudo isto :)