sexta-feira, 5 de novembro de 2010

entre esperas

Entre esperas se perde o sentido da espera. Perde-se a vontade de esperar, se é que há algo para esperar por. Silêncios e inércia ganham forma e apresentam-se como imperativos na espera. Porque uma espera também é feita de critérios, ou não? O que esperar, por quanto tempo e onde?
Acho que esperar vale a pena, mas eu acreditar nisto não significa nada, não significa que as minhas esperas tenham valido a pena. Canso-me de ser eu a esperar, quando num pensamento vago durante um vago dia - serei eu limitado ou o mundo é algum cavalo com rédeas e palas para seguir só numa direcção ditada por não sei quem? Sou vago e não sei bem quais as minhas limitações, sim, acho que é o que me torna uma pessoa. O amanhã é inesperado e eu vou ser previsível? Não creio que valha tão pouco. Esperem.
Acabo já? Não acabo? Já nem sei como comecei. Mas vou então esperar sentado.

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