sábado, 13 de novembro de 2010

Podias ter dito que tudo o que eras um só doce. Um só.
Não há tempo suficiente para um só. Não há paciência para um só. Não vejo como manter um só vivo.
Desfaz-se de repente por entre a língua e uma torrente de saliva. Sabes as torneiras automáticas? Exactamente assim. E cresce cada vez mais a quantidade, porque apetece. A tentação de mastigar é tanta que é impossível guardar esse um só, um só doce e saborear.
Agora pensas que não devias ter feito isso. Porque não durou. Mas o sabor fica e imaginas onde é que estarão os demais? Um doce nunca vem só. Mas não vais ver mais nenhum, como este que é um só assim desta maneira.

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